quarta-feira, 25 de maio de 2011

Delinquentes evangélicos!



Há uma horda entre nós que merece repulsa crescente: os evangélicos. São conservadores em seu estilo de vida. Saltam aos olhos quando vestidos, pois procuram ser sóbrios. Em casa, ensinam aos filhos honradez, hombridade e ética. Coisas antigas e insignificantes, como devolver um troco a maior, são repisadas em seus lares e em suas igrejas. Aliás, as constroem grandes e bem elaboradas a cada dia que passa, num sinal claro de poderio econômico. Não conheço pastor pobre! No início eram bem simples tais templos, mas agora o negócio mudou. Nessas igrejas não há permissividade e os cultos resumem-se a adorar um homem que morreu e dizem eles ressuscitou: Jesus e a Deus, seu Pai. É um conto atrasado e que não traz valor nenhum para a sociedade ocidental. Qualquer revista científica como a Super Interessante já desfez o mito várias vezes, mas eles insistem no paradigma. Deus está em declínio em toda Europa, um continente evoluído, por que esse povo insiste na mistificação atrasando nosso País?

O que me faz escrever estas linhas? Bem, vamos por partes. É que agora decidiram influir nas decisões políticas e sociais. Outrora, ficavam calados e dissimulados na multidão, atendo-se ao que se passava entre eles. Com o crescimento numérico passaram a se opor às coisas mais progressistas de nosso tempo como o casamento homossexual e a descriminalização das drogas, especialmente as leves! No último domingo a sociedade recifense testemunhou um absurdo total. Estava programada uma Marcha pela Maconha, ou seja, pela liberação desse psicotrópico que tanto bem faz às nossas crianças e jovens, e eles chegaram ao cúmulo de promover uma outra marcha contra o alucinógeno!

Orquestrados por um tal deputado Cleiton Collins (eles já elegeram até um deputado!?), notório incentivador das chamadas casas de recuperação, uma prisão para os drogados que ficam dias ouvindo hinos e mensagens de um livro repugnante, quando lhes deveria ser ministrada uma pequena dose até que decidissem por si sós o que consumir, tomaram as ruas do outro lado do Recife. Enquanto de um lado um grupo clamava pela liberação, esses fanáticos evangélicos clamavam contra. Um acinte total à democracia vigente em nosso País, que, sob o signo dos novos tempos que nos regem, implicitamente elege um dos lados: o que faz mais barulho. Parece que eles estão usando o artifício às avessas. E ainda chegaram às raias do cinismo de expor casos e casos de pessoas que perderam o autocontrole sob a influência de tais drogas e sem as tais casas de recuperação estariam mortas. Ora, o que mata no Brasil é a intolerância e o fundamentalismo. Vejam quanto casos de homofobia promovidos e aplaudidos pelas igrejas?

Outros dois deputados, um federal, Pedro Eurico, e outro estadual, Adalto Santos, eleitos (eles elegeram mais de um!?) pela Assembléia de Deus, a maior das denominações evangélicas do Brasil, tentaram barrar a Marcha acionando o Ministério Público. Ora, o MP deveria estar preocupado com uma movimentação pacífica que só prega que cada um deve fumar seu baseado em paz? Bem fizeram os companheiros que utilizando o microfone dos carros de som incitaram a multidão contra os evangélicos. Tudo gravado pela mídia que fez a cobertura de maneira imparcial: nada de voz e vez aos evangélicos! NoBlog do Jamildo, o blog jornalístico mais acessado de Pernambuco, se viam vários vídeos e posts sobre a Marcha pela liberalização, sobre a outra marcha contrária pouco ou nada. É assim que devemos fazer para calar os reacionários. Negando-lhes qualquer espaço. Eles que comprem ou aluguem!

Os vanguardistas defensores das drogas devem lutar ferrenhamente contra tais grupos. Os gays, segundo suas próprias estatísticas disseminadas na grande mídia são 10% da população. Estão muito bem infiltrados em todos os escalões governamentais, aonde buscam impor sua agenda. Os evangélicos, sendo 30% do nosso povo, não deveriam expor suas demandas de maneira tão impositiva. Deveriam restringi-las aos seus templos. Não consomem, não pagam impostos, não produzem, não se representam politicamente, são quase uma sub-espécie! A tática deles envolve até mesmo a pregação televisiva. Quase não podemos mais ligar a TV sem assistir a um programa evangélico, aonde o blábláblá bíblico se repete. Aonde vamos chegar? Coisas construtivas e representativas da sociedade como novelas, especialmente aquelas com alto teor erótico, são colocadas em segundo plano. Temo que em breve nossos jovens não tenham o direito de assisti-las para aprender o que é bom e edificante!

Fora delinquentes!

Daladier Lima

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