sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O Cristão e a Música



Desde pequeno eu ouvia entre os irmãos na igreja a máxima de que o crente não deve escutar nem cantar música "mundana" (secular). Os exemplos que me davam para explicar que tais músicas não convinham a um cristão eram realmente coerentes: banalização do sexo, palavras torpes, incentivo à aceitação de filosofias contrárias ao cristianismo, culto a outros deuses, materialismo, etc.

Mas uma coisa até hoje me intriga: a generalização. Será realmente que toda e qualquer música "do mundo" é realmente prejudicial só pelo fato de ser "do mundo", ou há alguma dificuldade em se ensinar a separar o certo do errado?

É verdade que muitas canções incitam ou defendem ideais contrários ao que a Bíblia diz que Deus quer para nós, mas também há várias que inspiram, ensinam, enriquecem o conhecimento, além de nutrir a alma com coisas boas (falo de música 'do mundo').

É verdade também que, a despeito de a música cristã encher nossos corações de Deus, não são poucas (principalmente em nossos dias) as que não trazem nenhuma edificação, pelo contrário levam o crente a desejar o mal dos seus inimigos, elogiam o próprio ego, zombam irresponsavelmente dos que não creem, músicas onde os cantores desabafam suas mágoas ou, simplesmente, músicas vazias, que não transmitem nenhuma mensagem (falo de músicas 'cristãs' que, pessoalmente, prefiro chamar 'pseudo-cristãs').

Em breve postarei algumas análises na letra de várias canções ('do mundo' e 'cristãs') para que possamos entender melhor o que quero dizer. Mas que possamos, desde já, discernir aquilo que vemos ouvimos e cantamos.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Dica Literária: Adolescentes S/A (Ciro Zibordi)

Escrito em forma de diálogo, o autor se apresenta como um amigo disposto a falar sobre sonhos, dificuldades e relacionamentos. Dividido em 4 partes: o relacionamento afetivo (o "ficar" e o namorar / Beijo / Virgindade / Masturbação); o relacionamento com o mundo (Amizades / Games / LAN House / TV / Internet); o relacionamento com a família (Vale a pena obedecer? / Conflitos com os pais) e, o mais importante, o relacionamento com Deus (Comunhão / Fidelidade / Adoração). O Pastor Ciro está ansioso para conversar com você! Leia o livro e tenha uma conversa franca e descontraída com o autor.
Fonte: CPAD

Já li e recomendo. Sempre uso nas aulas de Escola Dominical para jovens. Material excelente em especial para esta faixa etária.

Creio em Deus


Você já se perguntou por que crer em Deus?

Por que crer em alguém que nem se vê? Qual a prova de que ele existe? E, se ele existe, como saber que se importa comigo?

Você já viu Leonardo da Vinci, Michelângelo, Beethoven ou qualquer outro grande artista do passado? Certamente nenhum de nós os viu pessoalmente. Sendo assim, o que nos dá certeza de que eles realmente existiram? Exatamente! As obras de arte que cada um nos deixou. Como duvidar que cada um deles as produziu, se nelas estão marcados seus próprios traços? Obras do acaso?

Em toda parte do mundo existem os traços característicos do maior artista que já se conheceu - o Deus no qual eu creio. Como duvidar de um Deus tão poderoso? Como duvidar de um ser tão detalhista? Ele é quem esculpiu as montanhas com seu sopro, estendeu as cortinas azuis do céu, coreografou a dança dos astros no universo, compôs os cânticos que todas as manhãs ouvimos os pássaros cantar, pintou o verde das matas e de tons pastéis pintou o alvorecer. Seriam todas essas coisas obras do acaso?

Como duvidar, se nós mesmos somos sua obra prima, coroa da criação? Como duvidar, se quando fitamos o espelho nos deparamos com o auto-retrato do autor e consumador da nossa fé? Como duvidar de seu amor, se além de nos conceder o privilégio de apreciar todas as suas obras, ainda nos oferece, sem que mereçamos, a chance de desfrutar sua comunhão?

Creio em Deus quando brilha o sol e quando chove,
Quando é dia e quando é noite,
Quando há fartura ou fome,
"Mesmo que a vida não seja tão calma eu creio em Deus,
Eu creio em Deus, sim, creio em Deus.
Mesmo quando a morte chegar,
Nada temerei, pois creio em Deus."

Creia também em Deus e, mesmo em meio a densas trevas, estarás firmemente seguro pela mão do Salvador.

Texto inspirado na canção "Creio em Deus" de Nabor Nunes.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Dica Literária: 1984 (George Orwell)


Winston, herói de 1984, último romance de George Orwell, vive aprisionado na engrenagem totalitária de uma sociedade completamente dominada pelo Estado, onde tudo é feito coletivamente, mas cada qual vive sozinho. Ninguém escapa à vigilância do Grande Irmão, a mais famosa personificação literária de um poder cínico e cruel ao infinito, além de vazio de sentido histórico. De fato, a ideologia do Partido dominante em Oceânia não visa nada de coisa alguma para ninguém, no presente ou no futuro. O'Brien, hierarca do Partido, é quem explica a Winston que "só nos interessa o poder em si. Nem riqueza, nem luxo, nem vida longa, nem felicidade: só o poder pelo poder, poder puro".
Quando foi publicada em 1949, poucos meses antes da morte do autor, essa assustadora distopia datada de forma arbitrária num futuro perigosamente próximo logo experimentaria um imenso sucesso de público. Seus principais ingredientes - um homem sozinho desafiando uma tremenda ditadura; sexo furtivo e libertador; horrores letais - atraíram leitores de todas as idades, à esquerda e à direita do espectro político, com maior ou menor grau de instrução. À parte isso, a escrita translúcida de George Orwell, os personagens fortes, traçados a carvão por um vigoroso desenhista de personalidades, a trama seca e crua e o tom de sátira sombria garantiram a entrada precoce de 1984 no restrito panteão dos grandes clássicos modernos.
Algumas das ideias centrais do livro dão muito o que pensar até hoje, como a contraditória Novafala imposta pelo Partido para renomear as coisas, as instituições e o próprio mundo, manipulando ao infinito a realidade. Afinal, quem não conhece hoje em dia "ministérios da defesa" dedicados a promover ataques bélicos a outros países, da mesma forma que, no livro de Orwell, o "Ministério do Amor" é o local onde Winston será submetido às mais bárbaras torturas nas mãos de seu suposto amigo O'Brien.
Muitos leram 1984 como uma crítica devastadora aos belicosos totalitarismos nazifascistas da Europa, de cujos terríveis crimes o mundo ainda tentava se recuperar quando o livro veio a lume. Nos Estados Unidos, foi visto como uma fantasia de horror quase cômico voltada contra o comunismo da hoje extinta União Soviética, então sob o comando de Stálin e seu Partido único e inquestionável. No entanto, superando todas as conjunturas históricas - e até mesmo a data futurista do título -, a obra magistral de George Orwell ainda se impõe como uma poderosa reflexão ficcional sobre os excessos delirantes, mas perfeitamente possíveis, de qualquer forma de poder incontestado, seja onde for.

"O maior escritor do século XX." - Observer

"Obra-prima terminal de Orwell, 1984 é uma leitura absorvente e indispensável para a compreensão da história moderna." - Timothy Garton Ash, New York Review of Books

" A obra mais sólida e mais impressionante de Orwell." - V. S. Pritchett

Posto de Combustível

Passeando por uma praça bastante conhecida no Recife, em meio ao gorjear de pássaros e sombras refrescantes de árvores, fiquei um pouco preocupado quando deparei-me com o estabelecimento que se mostra abaixo:


Sim, mas por que ficar preocupado? É só um posto situado na área de uma praça! Qual o problema? Vejamos:

Na lei do Recife nº 16.786/2002, encontramos o seguinte:

Art. 13 É vedada a instalação de postos de abastecimento de combustíveis e lava-jatos nos seguintes locais:

(...)

III áreas de praças, parques urbanos, áreas de mananciais e remanescentes de reservas de matas e manguezais e reservas tombadas como de preservação ambiental em qualquer esfera governamental;

Mais que um não cumprimento da lei, a instalação de postos em uma praça é perigosa, pois, no caso de um acidente, muitas pessoas serão vitimadas, em lugares assim há um intenso fluxo de transeuntes.

Além disso, ainda encontramos o seguinte:

Art. 15 As atividades e operações do Posto de abastecimento de combustíveis e do lava-jato deverão ser exercidas no interior do terreno dos mesmos, sendo proibida a ocupação e utilização de passeios e vias públicas para qualquer fim.

No caso aqui citado, o posto utiliza a área destinada a passeios. Certa vez eu mesmo quando fui passar por lá tive que “pular” uma mangueira que estava abastecendo um automóvel. E se eu tivesse dificuldades de locomoção, como eu “pularia”?

Ficam aqui duas perguntas. Como esse posto está funcionando ali? Como vou ficar sossegado na praça, sabendo que atrás do banco tem uma “bomba” em potencial?

Publicado por Elizeu A. Barros em
http://normaemforma.blogspot.com

Condidionador de Ar na Fachada

Não é muito incomum, ao andar pelas ruas do Recife, ser atingido por pingos de água. Num dia de céu azul o sujeito olha para cima, estranhando ser molhado apesar de não haver nuvens no céu e se dá conta de que foi molhado por um ar condicionado instalado na fachada do prédio.

A lei n. 16.292 – 97 (Edificações e Instalações na Cidade do Recife), no art. 41 diz que “As paredes de fachada em edificações, que possam ser construídas no alinhamento do logradouro... Poderão ter saliências em balanço em relação ao alinhamento do logradouro, quando... sirvam para instalação de aparelhos de ar condicionado, desde que possuam drenagem, não devendo esta, em hipótese alguma, atingir diretamente o logradouro público.

Portanto, uma situação que parece boba, mas incomoda bastante quem anda na rua, poderia ser evitada se fossem observados os parâmetros da lei aqui citada.

Publicado por Elizeu A. Barros em
http://normaemforma.blogspot.com/

Calha: Assunto que veio a calhar

Marquise é uma cobertura em balanço, ou não, bastante útil em dias chuvosos, quando se está desprevenido por não levar o guardachuva, onde se passa um tempinho aguardando o estio.

O problema está em quando se espera a fim de evitar molhar-se e se molha do mesmo jeito, graças ao descumprimento do art. 41 da Lei das Edificações e Instalações da cidade do Recife, quando diz que “As paredes de fachada em edificações, que possam ser construídas no alinhamento do logradouro... poderão ter marquises, quando sejam executadas em material durável e incombustível e dotadas de calhas e condutores para águas pluviais, estes embutidos nas paredes e passando sob o passeio até alcançar a sarjeta.”
Muitas lojas utilizam marquises por diversos motivos, um deles, logicamente, pode ser o de atrair consumidores para a sua frente, no intuito de chamar atenção para suas mercadorias. Mas quando as mesmas não são dotadas de calhas e condutores que não molhem quem ali vai passar, constitui-se uma “propaganda enganosa” do abrigo.

Publicado por Elizeu A. Barros em
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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A Cruz, a Mulher Adúltera, Eu e Você

"Quem não tem pecado que atire a primeira pedra".

Após ouvir essas palavras, um a um daqueles que trouxeram uma mulher adúltera a Jesus, saíram. Restou apenas um - justamente aquele que tinha autoridade suficiente para condená-la!

Ele poderia ter autorizado os outros a apedrejá-la. Ele poderia censurá-la junto com todos por terem pecados. Poderia ainda, depois de salvá-la dos acusadores, tê-la condenado e virado as costas, deixando-a com um fardo pesado em sua consciência. Ao invés disso, suas palavras foram: "Eu também não condeno você. Vai em paz e não peque mais."

Essa mesma voz clamou em um outro momento quando ele estava sendo humilhado numa cruz pelos pecadores: "Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que estão fazendo".

Quantas vezes você já foi chamado a ser filho de Deus, mas simplesmente recusou. Quantas vezes ele insistiu com terno amor e você preferiu o mau caminho. Nesses momentos ele falou ao Pai: "Perdoa-o, ele não sabe o que faz."

E agora, mais uma vez (pode ser a última, não se sabe), ele te convida dizendo: "Eu, o único capaz de te condenar, não te condeno. Tenha paz para não mais pecar."

Alivia tua bagagem de erros, tira das costas este fardo!
Seja, a partir de agora, um perdoado! Nada é melhor que ser perdoado.